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Continentais de África, Ásia, Concacaf e Oceania


Como falarei da Libertadores e Champions League à parte, vou fazer essa postagem sobre os demais campeonatos continentais de clubes: África, Oriente, Oceania e Concacaf.

Importante mencionar que, para fortalecer o continental asiático, e fazer “justiça geográfica” (pelo menos na minha cabeça), a Rússia, a Turquia, os irmãos Estônia, Letônia e Lituânia e as ex-repúblicas soviéticas (como Ucrânia) participam da Copa do Oriente e não da Liga dos Campeões da Europa.

Sim, decisão controversa, mas lá em 1990, quando o futebol de clubes na Ásia era praticamente “nulo” em termos de relevância esportiva e econômica, povoar o continental de lá com os times “soviéticos” e turcos foi uma boa sacada, que garantiu inclusive representantes dignos daqueles lados do mundo nas Copas dos Continentes e nos (super)Mundiais de Clubes.

Hoje, a realidade é outra, e caberia perfeitamente a adequação nesse sentido, até pelos times chineses, japoneses e coreanos atuais, mas por questões de história (no caso, dos torneios e registros que mantenho), mantive a “segregação” dos antigos ex-URRS e dos turcos, inspirado no fato de que a Austrália, para fins de clubes, integra a confederação asiática no mundo real, ou seja, meu “devaneio organizacional”, nesse sentido, não é tão descabido assim...


Formatos

Cada um dos continentais aqui tratados possui um formato historicamente tradicional.

O da Oceania, por exemplo, pela baixa quantidade de times e sua pequena importância técnica é disputado desde sempre em mata-mata do início ao fim. Os demais possuem fase de grupos e depois um mata-mata.

África: 24 participantes, divididos em 6 grupos de 4. O melhor de cada grupo e os dois melhores segundos colocados compõem o mata-mata final, que se inicia nas Quartas-de-Final.

Concacaf: 20 participantes, divididos em 5 grupos de 4. O melhor de cada grupo e os três melhores segundos colocados passam para as Quartas-de-Final.

Oriente: 32 participantes, divididos em 8 grupos de 4. Os dois melhores de cada grupo se classificam para as Oitavas-de-Final. Os times das ex-repúblicas soviéticas e os turcos caem todos nos grupos A e B apenas, para que só 4 dos 16 finalistas sejam oriundos daqueles países e não dominem o mata-mata ante os asiáticos “reais”. Os Grupos C e D contém os países do Oriente Médio, e os demais grupos os países do leste asiático. As finais são jogadas entre um vencedor da chave dos ex-URSS e Turquia e mais os árabes, e o vencedor da chave do leste, emulando o funcionamento da Liga dos Campeões da Ásia real atual.


Maiores campeões

África: Asante Kotoko do Senegal, com 8 títulos, seguido por Al Ahly do Egito e Raja Casablanca do Marrocos com 7 títulos.

Concacaf: Deportivo Saprissa da Costa Rica e Chivas Guadalajara do México com 6 títulos, seguidos por América e Cruz Azul do México, MetroStars e DC United dos EUA com 5 títulos.

Oceania: Auckland da Nova Zelândia com 7 títulos, seguido por South Melbourne da Austrália com 6.

Oriente: Spartak da Rússia com 8 títulos, seguido por Beijin Guouan da China com 6 e Seongnam Chunma da Coréia do Sul com 5 títulos.


Curiosidades sobre títulos

África: 37 clubes campeões, de 14 países (Gana, África do Sul e Marrocos lideram empatados com 14 títulos).

Concacaf: 32 clubes campeões, de 12 países (México lidera com 22 títulos, seguido pela Costa Rica com 18 e EUA com 16 títulos).

Oceania: 32 clubes campeões, de 11 países (Austrália lidera com 21 títulos, seguida por Nova Zelândia com 18 e Fiji com 12 títulos).

Oriente: 40 clubes campeões, de 14 países (Rússia lidera com 15 títulos, seguido de perto pela Coréia com 14 e pelo Japão com 12 títulos).


Observações

Os vencedores desses quatro continentais disputam entre sí, na temporada seguinte, a Taça das Taças, que os ajuda (mas não classifica direto) a participar do Mundial de Clubes, e também conta pontos para o ranking mundial histórico, igualando o número de competições internacionais que os grandes clubes de todos os continentes disputam.

A Taça das Taças seria uma Copa dos Continentes “consolação”, para esses times poderem vencer um torneio intercontinental regularmente, já que a “verdadeira” decisão anual dessa relevância acaba quase sempre nas mãos de um europeu ou sul-americano.


Momentos relevantes

África: O tetracampeonato do Asante na Nova Era o posicionou como um dos grandes times da época e o deixou liderar o ranking de títulos africanos até hoje. Além desse momento, a fase mais recente da competição, que viu quatro títulos em sete temporadas do Kaizer Chiefs, também foi marcante.

Concacaf: Sem fases destacadas das demais, a não ser a mais recente que viu um domínio inédito do Chivas Guadalajara, a “Concachampions” sempre primou pelo equilíbrio na disputa entre países.

Oceania: Normalmente relegada a um terceiro escalão, a Liga dos Campeões da Oceania nunca teve um período hegemônico de nenhum clube, e o interessante é que seu maior campeão, o Auckland, conseguiu conquistar o torneio por no máximo duas vezes seguidas, e isso só ocorreu uma vez.

Oriente: Tradicionalmente o terceiro continental mais forte, viveu no amadorismo a predominância do Beijin Guouan. Na Nova Era, o pentacampeonato do Spartak que o colocou entre os maiores do mundo na época, e um dos grandes da História (sem dúvida o maior do Oriente até hoje) marcou seu tempo. A Retomada viu muito equilíbrio e times bons do Al Nassr, Dinamo Kiev e o Seongnam Chunma que chegou em cinco finais nas últimas oito temporadas, conquistando três títulos, alternando títulos com o Bunyodkor do Uzbequistã (também tricampeão no mesmo período).

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